Abrir uma empresa pode ser um grande passo para psicólogos recém-formados que desejam atuar de forma independente.
Para muitos, essa é uma oportunidade de colocar em prática o que aprenderam na faculdade, além de proporcionar um atendimento personalizado aos seus clientes.
No entanto, esse processo pode parecer complicado e cheio de desafios. Por isso, preparamos este guia para ajudá-lo a entender todas as etapas necessárias para abrir seu próprio consultório de psicologia.
Vamos começar esse caminho juntos, desmistificando cada etapa e fornecendo dicas para que seu sonho de ter um consultório próprio se torne realidade.
Vamos lá? Nos acompanhe na leitura!
Índice
Qual é o tipo de empresa ideal para psicólogos?
Em geral, as opções mais comuns são a empresa individual, a sociedade limitada e o microempreendedor individual (MEI).
A empresa individual é adequada para quem deseja ter controle total sobre o negócio, mas também assume todos os riscos sozinho.
Já a sociedade limitada é indicada se você pretende ter sócios, pois a responsabilidade financeira é dividida entre todos.
E o MEI é uma ótima opção para quem está começando e quer simplicidade, pois oferece benefícios como carga tributária reduzida e menos burocracia. Avaliar seu perfil, seus objetivos e o porte do seu consultório ajudará a escolher a melhor opção para você.
Passo a passo para registrar seu consultório
Registrar seu consultório de psicologia pode parecer complicado, mas com um passo a passo claro, fica mais fácil.
Primeiro, escolha o tipo de empresa que deseja abrir, como MEI, empresa individual ou sociedade limitada.
Em seguida, verifique a documentação necessária, que geralmente inclui RG, CPF, comprovante de endereço e o registro no Conselho Regional de Psicologia. Depois, vá à Junta Comercial ou Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas para registrar seu negócio.
Com o registro feito, solicite o CNPJ na Receita Federal, um processo que pode ser feito online. Depois, vá à prefeitura para obter o alvará de funcionamento, que permite a operação legal do consultório.
Também é importante se inscrever na Secretaria da Fazenda do seu estado para obter a inscrição estadual, caso vá prestar serviços que exigem essa inscrição.
Com tudo isso em mãos, abra uma conta bancária empresarial para separar suas finanças pessoais das do consultório. Com esses passos concluídos, você estará pronto para começar a atender seus pacientes em seu novo consultório.
Documentação necessária para abrir sua empresa
Você vai precisar do seu RG e CPF para identificação pessoal. Um comprovante de endereço atualizado também é essencial.
Além disso, tenha em mãos o seu registro no Conselho Regional de Psicologia, que comprova sua habilitação para exercer a profissão.
Você também precisará do contrato social da empresa, que detalha a estrutura e o funcionamento do seu consultório.
Caso opte por ser um Microempreendedor Individual (MEI), o processo será mais simples, mas ainda será necessário preencher um formulário online para obter o CNPJ.
Além disso, você precisará do alvará de funcionamento, que é emitido pela prefeitura da sua cidade.
Esse documento permite que você opere legalmente o seu consultório. Dependendo da localização e do tipo de serviço que você oferecerá, pode ser necessário obter licenças específicas, como a licença sanitária.
Abrir uma conta empresarial também ajuda a manter suas finanças pessoais separadas das do seu consultório. Com toda essa documentação em ordem, você estará pronto para iniciar suas atividades de forma regular e organizada.
Entendendo as obrigações tributárias de um consultório de psicologia
É importante saber que você precisará pagar impostos federais, estaduais e municipais.
O imposto federal mais comum é o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), que é calculado sobre o lucro do seu consultório.
Além disso, há o PIS e a COFINS, que são contribuições para a seguridade social, cobradas sobre o faturamento da empresa. Se você optar pelo regime de lucro presumido, a alíquota do IRPJ será fixa, facilitando o cálculo.
No âmbito estadual, o principal imposto é o ICMS, mas, no caso de consultórios de psicologia, ele geralmente não se aplica, pois o ICMS incide sobre a circulação de mercadorias e alguns serviços específicos.
Já o ISS é um imposto municipal que deve ser pago por prestadores de serviços, incluindo psicólogos. A alíquota do ISS varia de acordo com o município, mas costuma ficar entre 2% e 5% do faturamento.
Além desses impostos, é necessário contribuir para o INSS, tanto para os empregados quanto para o proprietário, se você for autônomo ou microempreendedor individual (MEI). Manter a folha de pagamento e as contribuições em dia é fundamental para evitar problemas futuros.
Para simplificar a gestão das obrigações tributárias, é recomendável contar com o apoio de um contador. Ele poderá ajudar a escolher o melhor regime de tributação e garantir que todos os impostos sejam pagos corretamente e no prazo.
A importância do registro no Conselho Regional de Psicologia
O registro no Conselho Regional de Psicologia (CRP) é um passo fundamental para qualquer psicólogo que deseja abrir seu consultório. Esse registro é obrigatório e garante que você está legalmente apto a exercer a profissão. Sem ele, você não pode atender pacientes ou abrir sua empresa de forma regular.
O registro no CRP valida sua formação acadêmica, confirmando que você completou todos os requisitos necessários para atuar como psicólogo. Além disso, o CRP é responsável por fiscalizar e garantir que os profissionais da área sigam as normas éticas e técnicas da profissão.
Outro ponto importante é que, com o registro, você tem acesso a diversos benefícios, como atualizações sobre a profissão, cursos, palestras e eventos promovidos pelo Conselho. Isso ajuda a manter seus conhecimentos atualizados e a melhorar constantemente a qualidade do seu atendimento.
O registro também é necessário para emitir notas fiscais e para cumprir todas as obrigações legais e tributárias de um consultório de psicologia. Sem ele, sua atuação profissional é considerada ilegal, o que pode trazer sérios problemas jurídicos e financeiros.